O PODER DO HÁBITO - Por Que Fazemos o Que Fazemos na Vida e
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O PODER DO HÁBITO - Por Que Fazemos o Que Fazemos na Vida e nos Negócios - 2012

Autor(es): CHARLES DUHIGG
Edição: 1
Editora: OBJETIVA
ISBN: 9788539004119
Número de Páginas: 408

Segundo o autor, a chave para se exercitar regularmente, perder peso, educar os filhos, tornar-se mais produtivo, criar empresas revolucionárias e alcançar o sucesso é entender como os hábitos funcionam.

Ele procura mostrar que, ao dominar esta ciência, todos podem transformar suas empresas e suas vidas.



Leia trecho de 'O Poder do Hábito'

"O Poder do Hábito: Por que Fazemos o que Fazemos na Vida e nos Negócios" apresenta o resultado de duas décadas de pesquisa ao lado de psicólogos, sociólogos, publicitários e cientistas sobre comportamento.

Escrito pelo repórter investigativo Charles Duhigg, o título está há mais de 20 semanas na lista dos livros mais vendidos do jornal "The New York Times". Abaixo, leia um trecho.

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Divulgação

Livro fundamentado em centenas de artigos acadêmicos e entrevistas
Dentro do prédio que abriga o departamento de Ciências Cerebrais e Cognitivas do Massachusetts Institute of Technology há laboratórios que contêm o que, para um observador leigo, pareceriam salas de cirurgia de uma casa de bonecas.

Lá existem bisturis minúsculos, pequenas brocas e serras em miniatura de menos de 6 milímetros de largura presas a braços robóticos.

Mesmo as mesas de operação são muito pequenas, como se preparadas para cirurgiões do tamanho de crianças.

As salas são sempre mantidas numa temperatura de 15 graus, pois um toque gelado no ar estabiliza os dedos dos pesquisadores durante procedimentos delicados.

Dentro desses laboratórios, os neurologistas abrem os crânios de ratos anestesiados, implantando sensores minúsculos capazes de registrar as menores alterações dentro de seus cérebros.

Quando os ratos acordam, mal parecem notar que agora há dezenas de fios microscópicos espalhados, como teias de aranha neurológicas, dentro de sua cabeça.

Esses laboratórios tornaram-se o epicentro de uma revolução silenciosa na ciência da formação de hábitos, e os experimentos realizados aqui explicam como Eugene - assim como você, eu e todo mundo - desenvolveu os comportamentos necessários para sobreviver a cada dia.

Os ratos desses laboratórios esclareceram os processos complexos que acontecem dentro de nossas cabeças sempre que fazemos algo tão mundano como escovar os dentes ou tirar o carro da garagem em marcha a ré.

E para Squire, esses laboratórios ajudaram a explicar como Eugene conseguiu aprender novos hábitos.

Quando os pesquisadores do MIT começaram a trabalhar com hábitos nos anos 1990 - mais ou menos à mesma época em que Eugene foi acometido de sua febre -, eles ficaram curiosos sobre um nó de tecido neurológico conhecido como gânglios basais.

Se imaginarmos o cérebro humano como uma cebola, composto de camadas sobrepostas de células, então as camadas de fora - as mais próximas do couro cabeludo - são geralmente os acréscimos mais recentes de um ponto de vista evolutivo.

Quando você cria uma nova invenção ou ri da piada de um amigo, são as partes mais externas do seu cérebro que estão em ação. É lá que acontecem os pensamentos mais complexos.

Mais fundo dentro do cérebro e mais perto do tronco cerebral - onde o cérebro encontra a coluna - há estruturas mais antigas, mais primitivas. Elas controlam nossos comportamentos automáticos, como respirar e engolir, ou a reação de susto que sentimos quando alguém pula de trás de um arbusto.

Mais para o centro do crânio há um nó de tecido do tamanho de uma bola de golfe, que é parecido com aquilo que se encontra dentro da cabeça de um peixe, réptil ou mamífero.

Esses são os gânglios basais, um oval de células que, durante anos, os cientistas não entendiam muito bem, a não ser por suspeitas de que ele desempenhava um papel em doenças como o mal de Parkinson.

No começo dos anos 1990, os pesquisadores do MIT começaram a cogitar que os gânglios basais talvez pudessem ser essenciais para os hábitos também. Notaram que animais com lesões nos gânglios basais de repente começavam a ter problemas com tarefas como aprender a atravessar labirintos ou memorizar como abrir recipientes de comida.

Decidiram fazer experimentos usando novas micro-tecnologias que lhes permitiam observar, nos mínimos detalhes, o que estava acontecendo dentro da cabeça de cada rato enquanto ele realizava dezenas de rotinas. Numa cirurgia, inseria-se no crânio do rato algo parecido com um pequeno joystick com dezenas de fi os minúsculos.

Depois disso, o animal era colocado num labirinto em formato de T com chocolate numa das pontas.

O labirinto era estruturado de modo que cada rato ficasse posicionado atrás de uma divisória, que se abria fazendo um clique alto. No começo, quando um rato escutava o clique e via a divisória desaparecer, geralmente ia e voltava pelo corredor do meio, farejando os cantos e arranhando as paredes.