PENSADORES QUE INVENTARAM O BRASIL - 2013
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PENSADORES QUE INVENTARAM O BRASIL - 2013
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PENSADORES QUE INVENTARAM O BRASIL - 2013

Autor(es): FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Edição: 1ª
Volume: 1
Editora: CIA DAS LETRAS
ISBN: 9788535922875
Número de Páginas: 304

Antes de assumir uma cadeira no Senado Federal, em 1983, e assim efetivamente iniciar uma trajetória política culminada por dois mandatos presidenciais consecutivos, Fernando Henrique Cardoso militou no debate público sobretudo por meio de intervenções na imprensa escrita, que o tornaram conhecido fora do âmbito universitário.

Alguns artigos, revistos e alterados pelo autor, formam um dos núcleos deste livro, devotado aos intelectuais brasileiros que forjaram a visão de FHC sobre o país, sua identidade e suas grandes questões.

Outros textos são inéditos na forma em que publicados agora. Entre estes estão ensaios sobre Joaquim Nabuco, Gilberto Freyre e Raymundo Faoro.

O último foi escrito especialmente para o volume; os outros dois serviram de base para conferências, respectivamente, na Academia Brasileira de Letras em março de 2010 e na Feira Literária de Paraty (Flip) em agosto do mesmo ano.

Os demais capítulos compõem-se de introduções para a edição de livros de alguns autores, discursos ou homenagens prestadas que foram posteriormente enfeixados em livros.

Nos dezoito textos, FHC dialoga com seus mestres sobre os temas recorrentes que unificam o volume - o embate entre Estado e sociedade civil, o legado da colonização, as vicissitudes da democracia, os entraves ao desenvolvimento econômico, a promoção da justiça social.

Mas além da fina análise dos textos, sempre feita com grande verve narrativa, o ex-presidente contextualiza obras e autores, muitas vezes tratando do impacto pessoal que os últimos lhe causaram. De fato, em alguns casos, se trata de afinidades não somente intelectuais - por circunstâncias geracionais e entrecruzamento de vida, FHC se beneficiou do contato direto com vários dos autores cujas obras comenta no livro.

É o que ocorre com Florestan Fernandes, de quem foi aluno e assistente antes de serem colegas e vizinhos de rua, assim como com Antonio Candido, também professor e mais tarde colega. Ou ainda Celso Furtado, com quem dividiu uma casa em Santiago nos breves meses em que o grande economista trabalhou na Cepal depois do golpe de 1964, e Caio Prado, que a exemplo de Florestan e Sérgio Buarque fez parte da banca de doutorado do futuro presidente, e com ele conviveu no final dos anos 1950 e inícios da década seguinte, quando era o inspirador da Revista Brasiliense, com a qual FHC colaborava, sem falar nas desventuras de militância ao redor do Partidão.